Argeriz

Argeriz é uma freguesia de remoto povoamento, pejada de vestígios pré-históricos. 

O Castro de Ribas é um exemplo. Situado no lugar com o mesmo nome, ainda hoje se revela através da existência de vestígios de duas grossas muralhas, pedaços de cerâmica de fabrico local e algumas pedras com inscrições pouco decifráveis ou entendíveis. Terá sido romanizado, a julgar por algum do espólio encontrado.

Argeriz já aparece referenciada nas Inquirições de 1258, ordenadas por D. Afonso III. Era nessa altura descrita como “povoação honrada, pertença de filhos e netos de D. Pedro Fernandes de Bragança”, bem como da Ordem do Hospital.

Antes fora da coroa.

A parrochia de Sancta Mametis de Argeriz era então constituída pelas “villas” de Crasto, Sanfins, Pereira e Midões.

Quanto à Igreja de S. Mamede de Argeriz, pensa-se que deve ter sido fundada por volta dos séculos IX – X. Nos séculos XVIII – XIX, surge como vigairaria apresentada pelo Reitor de S. Nicolau de Carrazedo de Montenegro.

Localidade de transição da Terra Quente para a Terra Fria, goza de bom clima e tem água em abundância. Corre próximo o rio Torto, nas Cadavadas.

É contornada por vários lancetes de estrada, permitindo disfrutar do alto de uma grande curva, de um belo e impressivo panorama (Miradouro de Argeriz).

É fértil em campos agrícolas e nos produtos que oferece aos seus habitantes: azeite, cereais, ocupando lugar de primazia os seus afamados vinhos de mesa, conhecidos por “Vinhos da Curvaceira”. A sua população não esquece os mais lídimos costumes do passado e mostra-se muito arreigada à sua terra.

Presume-se que nesta freguesia tenha nascido, em 1884, o escritor Álvaro do Carvalhal, autor de várias obras, das quais se podem citar, como sendo as mais conhecidas as seguintes: “O castigo da vingança” e “Contos”.

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Fonte:

• “Monografia de Valpaços”, A. Veloso Martins, 2ª edição, Dez. 1990, edição da Câmara Municipal de Valpaços

Saiba mais em obras disponíveis na Biblioteca Municipal de Valpaços, nomeadamente:

• “Moinhos, Vol. 2”, “Fontes de Abastecimento de Água, Vol. 1”, “Geomonumentos”, “Relógios de Sol”, “Relógios de Sol, 2ª edição”, “Chaminés”, “Corpus dos Petróglifos do Concelho de Valpaços”, “Lagares Cavados na Rocha”, “Carta Arqueológica”, todos de Adérito Medeiros Freitas;
• “Valpaços Património Artístico”, de Roger Teixeira Lopes;
• “Valpaços-Lo-Velho”, de José Lourenço Montanha de Andrade;
• “Valpaços – Rostos do Tempo”, de José António Soares da Silva;
• “Monografia de Valpaços”, de A. Veloso Martins;
• “As Freguesias do Distrito de Vila Real Nas Memórias Paroquiais de 1758”, de José Viriato Capela, Rogério Borralheiro, Henrique Matos;