Bonita e airosa terra Transmontana, que faz parte da importante região da Terra Quente e é a sede do concelho, que é constituído por 25 freguesias.
Os primeiros documentos escritos que citam Valpaços datam do séc. XII.
O próprio topónimo tem uma raiz claramente pré-nacional. A freguesia terá começado por ser um pequeno reduto habitado por nobres e famílias senhoriais, atraídas por um conjunto de privilégios tendentes a povoar uma região tão próxima de Espanha.
O acontecimento mais importante da história de Valpaços deu-se seguramente em meados do séc. XIX. Em 16 de Novembro de 1846, durante a Guerra da Patuleia, aqui se defrontaram as tropas rivais. O movimento, que começara de forma espontânea e por ter características eminentemente populares, adquiriu proporções políticas. Cerca de duas dezenas de mortos marcaram a passagem por Valpaços de uma batalha que depois prosseguiu por terras de Murça.
Segundo a lenda, participou na refrega o famoso Zé do Telhado, que inclusivamente teria salvo a vida ao visconde de Sá da Bandeira, ele que até fora lanceiro da rainha antes de se tornar salteador!
O património edificado desta freguesia justifica bem a sua importância actual e os pergaminhos do passado. Acima de tudo, a Igreja Paroquial. Da arquitectura civil, uma referência para os Paços do concelho e ainda para os solares da vila, dos quais o mais antigo é o dos Morgados.
Valpaços foi elevada a Vila em 1861, através de decreto real de 27 de Março, assinado por D. Pedro V, tendo ascendido a cidade no dia 13 de Maio de 1999.
Sanfins foi freguesia outrora curato da reitoria de Carrazedo de Montenegro e passou, como quase todo o restante concelho, para o concelho de Valpaços após a extinção do de Montenegro.
A sua curiosa origem toponímica leva-nos ao seu orago – S. Pedro, dado que a designação da freguesia teria sido antes “S. Pedro Fins”, “S. Fins” e por fim “Sanfins”.
Fonte:
- “Monografia de Valpaços”, A. Veloso Martins, 2ª edição, Dez. 1990, edição da Câmara Municipal de Valpaços
- Com a reorganização administrativa do território das freguesias, publicada no suplemento ao Diário da República, 1.ª série, n.º19, de 28 de janeiro de 2013, a freguesia de Sanfins foi anexada à freguesia de Valpaços, formando a freguesia de Valpaços e Sanfins.
Saiba mais em obras disponíveis na Biblioteca Municipal de Valpaços, nomeadamente:
- “Moinhos”, Vol. 1 e 2, “Fontes de Abastecimento de Água”, Vol. 1 e 2, “Geomonumentos”, “Relógios de Sol”, 2ª edição, “Chaminés”, “Corpus dos Petróglifos do Concelho de Valpaços”, “Lagares Cavados na Rocha”, 2ª Edição, e “Carta Arqueológica”, todos de Adérito Medeiros Freitas;
- “Marcos da Nossa Terra”, de Padre Manuel Alves;
- “Lagunae-Lagoas Minha Aldeia Romana”, de José Lopes Alves;
- “Factos Usos e Costumes Sanfins”, de Leonardo Paredes Batista;
- “Valpaços Património Artístico”, de Roger Teixeira Lopes;
- “Valpaços-Lo-Velho”, de José Lourenço Montanha de Andrade;
- “Dr. Armando Morais Soares”, de Maria Aline Ferreira;
- “Valpaços Rostos do Tempo”, de José António Soares da Silva;
- “Monografia de Valpaços”, de A. Veloso Martins;
- “As Freguesias do Distrito de Vila Real Nas Memórias Paroquiais de 1758”, de José Viriato Capela, Rogério Borralheiro e Henrique Matos;
