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Meio Físico

HIDROLOGIA

O rio Rabaçal nasce no Maciço Galaico, em Espanha, próximo da fronteira com Portugal. Percorre cerca de 65 km em território nacional, uma parte significativa no concelho de Valpaços, até confluir com o rio Tuela na proximidade de Mirandela e dar origem ao rio Tua. Fazem parte da rede hidrográfica relativamente densa vários afluentes, como os rios Assureira e Mente situados no Parque Natural de Montesinho e, mais a jusante, na zona de implantação da Ecovia do Rabaçal, os rios Calvo e Torto e as ribeiras de Lila e Santa Valha. Segundo a classificação atribuída no âmbito da Diretiva Quadro da Água, são quatro as tipologias das massas hídricas na rede hidrográfica da bacia do rio Rabaçal.

Nas zonas montanhosas, os cursos de água correm em vales muito encaixados e são influenciados pelas precipitações elevadas e temperaturas baixas. São os denominados rios do Norte de Pequena (N1 ≤ 100 Km2) e Média-Grande Dimensão (N1 > 100 km2) com regime hidrológico torrencial bem marcado, especialmente no período de inverno. Por sua vez, na área de implantação da Ecovia do Rabaçal, as vertentes do rio Rabaçal alargam após ultrapassar a região granítica a sul de Valpaços. Nestes troços, o rio Rabaçal está classificado como Rio do Alto Douro de Média-Grande Dimensão (N2), enquanto os principais afluentes, caso do Rio Calvo, Rio Torto e a Ribeira de Lila correspondem a rios do Alto Douro de Pequena Dimensão (N3).

O regime de escoamentos naturais na foz do Rabaçal é de cerca de 250 mm, em ano médio (PGRH3, 2016) embora as irregularidades climáticas patentes nos anos mais recentes, com períodos prolongados de seca alternando com períodos curtos de precipitação intensa, esteja bem refletido nos caudais observados.


CLIMA

O clima de Trás-os-Montes é fortemente condicionado pelo cordão montanhoso que se desenvolve do Alto Minho (1545 m) ao Alvão-Marão (1415 m). A esta barreira geográfica adicionam-se mais dois cordões montanhosos de menor altitude: o primeiro prolonga-se desde a serra da Padrela-Falperra, Alto de Justes até à Serra de S. Domingos; o segundo é constituído pelos relevos de Montesinho, Coroa e Nogueira e estende-se pela serra de Bornes até ao planalto de Carrazeda, no extremo sul de Trás-os-Montes. As sucessivas cadeias montanhosas fazem com que a precipitação total anual diminua drasticamente com a interioridade, variando desde cerca de 1500 mm nas zonas montanhosas de Montalegre, Marão ou Montesinho até 400 a 500 mm nos vales mais encaixados de Mirandela ou Vilariça.

Por se tratar de uma região de relevo muito acidentado verifica-se uma grande variedade de climas locais e microclimas, com um denominador comum que é a concentração da precipitação na estação fria. O regime térmico da bacia do rio Rabaçal é marcado pela grande amplitude térmica anual e, em cada mês, por uma grande diferença entre as temperaturas máxima e mínima do ar. A temperatura média mensal varia entre 5,5ºC no mês mais frio (janeiro) e 23,7ºC no mês mais quente (julho).

A média da temperatura máxima varia entre os 10ºC no mês de janeiro e 32ºC nos meses de julho e agosto, enquanto a média da temperatura mínima diária varia entre 1,2ºC em janeiro e 15,6ºC em julho a ocorrência de geada é, por ventura, o fenómeno climático mais importante para o ritmo das atividades agrícolas. A distribuição anual da precipitação na bacia do Rabaçal é típica do clima mediterrânico com uma elevada concentração da precipitação na estação fria e uma quase ausência de precipitação nos meses mais quentes.